Este acrónimo, do latim Visita Interiora Terrae Rectificando Invenies Occultum Lapidem (Visita o Interior da Terra Retificando/corrigindo, encontrarás a Pedra Oculta) , refere-se à descoberta, ou fabricação, da Pedra Filosofal, mencionada pelos alquimistas medievais (e também conhecida como Elixir da Vida) como tendo a propriedade de transformar os metais em ouro.
Na época contemporânea, VITRIOL constitui-se em tema de reflexão em diversos movimentos hermetistas, rosacruzes e maçónicos, designando a necessidade de autoconhecimento e exploração do seu próprio interior, de aperfeiçoamento e auto-correção até à descoberta da Pedra Filosofal, assimilável à pedra angular. A proposta contida na frase diz respeito ao processo de metamorfose, ou transmutação alquímica, na qual é alcançada a imortalidade. Newton, que também era alquimista, escreverá um interessante tratado sobre a Pedra Filosofal, que pode ser lido AQUI.
No livro Geheimen Figuren der Rozenkreuzer, publicado em 1785 em Altona, EUA, surge uma ilustração com uma curiosa imagem explicativa da Tábua Esmeralda (ou Tabula Smaragdina) de Hermes Trismegistos. Na imagem aparecem três escudos unidos a um círculo central pelas respetivas correntes. No primeiro escudo é representada a águia bicéfala, metade vermelha, metade branca; o segundo apresenta um leão e o terceiro, uma estrela de sete pontas. Entre os escudos aparecem dois globos: o Céu e a Terra. Entre as mãos estendidas, vêem-se os símbolos dos sete metais, que para os alquimistas, eram compostos pela associação do mercúrio, do enxofre e do sal. O texto explicativo associa os sete metais às sete palavras cabalísticas – que formam em acrónimo V.I.T.R.I.O.L. (visita o interior da Terra, retificando encontrarás a pedra oculta) – e ao cálice, o Graal, que recolhe a essência espiritual do Sol e da Lua, “água que não molha”, o mercúrio filosófico ou matéria-prima, que dá origem aos metais e portanto a toda a manifestação material.